Lauro César Tomio, conhecido artisticamente como Rudá Ahura, nasceu em Curitiba, Paraná, em 19 de abril de 1976. Passou sua infância inicial em Recife, Pernambuco, e desde os 11 anos reside na cidade de São Paulo. Graduou-se em Desenho Industrial pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em 1998, enquanto também cursava o Bacharelado em Educação Artística na UNESP (1995 – 1998). Complementando sua formação, ele prosseguiu com uma Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão de Organizações do Terceiro Setor na Universidade Mackenzie (2003 – 2005), além de um MBA em Branding: Gestão de Marcas, Cultura e Experiência pela Universidade Rio Branco (2010 – 2013).
Rudá Ahura é um verdadeiro polímata, desempenhando papéis como designer, empresário e multiartista, abrangendo pintura, poesia, escultura, literatura, canto, composição musical, fotografia, produtor audiovisual e animador gráfico. Desde jovem, ele manifestou um interesse intrínseco e um talento latente nas artes, notabilizando-se até mesmo na criação de seus próprios brinquedos e ferramentas de exploração artística e científicas. Aos 13 anos, em 1989, deu início aos estudos em pintura a óleo sob a tutela do mestre Paulo Acencio, culminando em suas primeiras exposições coletivas. Aos 16 anos, em 1992, ao apresentar suas primeiras composições ao toque do violão de forma autodidata, recebeu uma bolsa de estudo na ULM (Universidade Livre de Música – centro Tom Jobim em São Paulo) para estudar violão erudito, o qual permaneceu durante 3 anos. No ano de 1996, realizou um de seus maiores sonhos ao ser aprovado para integrar a equipe da agência de desenhos animados Briquet Filmes, uma das maiores produtoras de desenho animado do mundo, inicialmente como estagiário, ascendendo posteriormente à posição de colorista e animador gráfico.
A experiência enriquecedora em animação e publicidade serviu de alicerce para Rudá fundar sua própria agência de comunicação, a D.Group Design, em 1998 logo após sua formatura como designer gráfico. Sob sua direção de arte, a agência prosperou, realizando inúmeros projetos de comunicação e marketing para grandes empresas ao longo de 15 anos, granjeando sucesso e reconhecimento significativos. Simultaneamente, Rudá estabeleceu duas empresas adicionais: Alquimia Filmes, focada em produções audiovisuais e captação de recursos, e Alquimia Design, centrada em consultoria de branding e gestão corporativa.
No ano de 2010, Rudá Ahura deu vida ao seu primeiro livro de forma totalmente independente e autoral, “A Natureza Perdida“, lançado pela livraria Cultura, uma obra que englobou não apenas o texto, mas também ilustrações, diagramação e publicação, tudo idealizado pelo próprio autor.
Em 2014, movido pelo desejo de concentrar esforços para financiar sua produção artística, resolveu investir e atuar como empresário no ramo da saúde, tendo bastante êxito. Esta visão se concretizou no Ateliê Rudá, inaugurado em 2020, concebido não apenas para ser seu espaço de criação artística, mas também para ser uma plataforma de projeção, apoio e consultoria para novos artistas plásticos, músicos, dançarinos e atores que ainda buscam uma entrada no mercado da arte ou que necessitem de um espaço para ensaios ou produção artística. Uma das primeiras ações do espaço Rudá foi a criação e produção do canal do Bororó na plataforma Youtube, lançado em 2022 que visa apresentar jovens músicos e projetos artísticos em toda sua pluralidade multiétnica para o fortalecimento da cultura brasileira, lutas políticas diversas e principalmente o fortalecimento dos povos indígenas e quilombolas.
O trabalho artístico de Rudá Ahura é distinguido pelo expressionismo vívido de suas telas, destacando-se pela aplicação enérgica de cores e espatuladas vibrantes (tendo em vista que a espátula é seu instrumento principal e não o pincel). As cores parecem vibrarem nos contornos que transmitem uma ampla gama, desde o azul ao vermelho, enquanto a textura das espatuladas confere às obras uma dimensão escultural.
Além de ser um artista plástico, Rudá detém um catálogo musical vasto e expressivo. Suas composições musicais, majoritariamente carregadas de visceralidade e melancolia, refletem sobre a complexidade e ironias da vida, amores encontrados e perdidos, e o rumo que nossa jornada aparentemente sem direção muitas vezes toma.
